O primeiro post após o breve recesso aqui no Traduzindo a Dublagem foi inspirado por conta da realização do 7º simpósio Proft, que aconteceu na semana passada em São Paulo, nos dias 16 e 17. Preciso confessar que foi um evento muito marcante para mim, não só porque foi minha primeira vez nesse simpósio incrível que já se tornou um dos mais conhecidos e tradicionais do nosso país na área da tradução, como também porque participei de uma mesa-redonda excepcional com amigas muito queridas da tradução para dublagem. Quer saber um pouco do que rolou no evento e na nossa mesa? Então chega mais. 😉
Mesmo sendo minha primeira vez, começo dizendo que o Proft está mais do que aprovado. O local e a organização foram ótimos, e a programação foi bastante variada, pois além do salão principal onde ocorreram as mesas-redondas, palestras e comunicações, houve oferecimento de oficinas paralelas com temas diversos. Havia estandes vendendo livros especializados na área de tradução, lembrancinhas fofas do evento, enfim, tudo que tinha direito.
Foram dois dias muito intensos para absorver novos conhecimentos, algo fundamental para qualquer profissional do ramo. Eventos como esse também servem, é claro, para reencontrar amigos queridos e aqueles que ainda não conhecíamos pessoalmente, mas já conhecíamos pela internet.
Além de tudo isso, um dos maiores destaques e uma grande alegria foi ver os pôsteres de pesquisas acadêmicas realizadas por alunos de algumas universidades de São Paulo. Vi inclusive pesquisas sendo feitas no campo da dublagem, algo que me deixa muito feliz e espero que aconteça cada vez mais, à medida que continuo a espalhar a mensagem da tradução para dublagem. Inclusive, conversando com uma aluna que apresentou o pôster dela na minha área tão querida, descobri que o meu blog foi citado na monografia dela! =O
Confesso que fiquei muito emocionado, pois é uma sensação que não há dinheiro que compre. Meus parabéns a todos os alunos que estavam presentes e que continuem apaixonados e firmes valorizando a nossa profissão.
Bom, agora falando um pouco da mesa-redonda que contou com a minha presença, eu não poderia estar mais bem acompanhado. Liderada pela minha mãe na tradução, Dilma Machado, além de mim, estavam minhas três amigas queridas do mundo do audiovisual, Bianca da Costa, Deborah Cornelio e Natália Estrella.
O assunto da nossa mesa foi abordar o panorama atual do mercado da tradução audiovisual como um todo e o que esperar dele diante de tantas mudanças, além de compartilhar nossas vivências e experiências e, obviamente, responder a perguntas da plateia, que acredito ter sido a maior para qual falei nos últimos tempos. Cada um de nós teve o seu tempo de fala e a nossa dinâmica funcionou muito bem. Se eu pudesse, ficava a tarde toda ali, mas acho que conseguimos abordar os principais aspectos propostos, sempre com muita verdade e confiança.
Apesar de ter falado de tudo um pouco no dia, gostaria de compartilhar uma coisa aqui neste post, já que o tempo da mesa era limitado: eu queria falar sobre a luta para se inserir no mercado. Muitos ficam angustiados e ansiosos durante esse processo e, acredite, eu também já passei por isso e, inclusive, ainda passo, já que outros mercados da tradução também me interessam além do audiovisual. Essa luta faz parte do desejo e da vontade de realizar algo que, para muitos, é um grande sonho. Entretanto, muitos se frustram, pois dizem que tentam, tentam, tentam e não conseguem.
A verdade é que, ao longo da minha carreira, eu já vi de tudo um pouco de conhecidos e amigos meus. Já vi alguns que mandaram currículo e, no mesmo dia, tiveram resposta de algum estúdio, assim como outros que tiveram que persistir por meses até conseguirem uma chance. O resumo da ópera é que, no que diz respeito a inserção no mercado (e isso vale para outros além do de tradução), tudo pode acontecer.
O que posso dizer é para você não se comparar aos outros que entraram antes ou mais rápido, pois existem inúmeras variáveis nessa jornada para a qual não existe fórmula pronta. Cada um tem o seu processo, o seu tempo e, principalmente, o seu próprio caminho. Não se esqueça de que nenhuma jornada é igual, e é isso que torna a nossa vida tão única e especial.
Por fim, mesmo que demore por conta dos fatores externos que não podem ser controlados, se você sente com todas as forças do seu ser que está pronto, que você já estudou muito, tem bases firmes e leva jeito pra coisa, deixo como meu conselho final as três “-ências” que são fundamentais para continuar seguindo em frente rumo à vitória: paciência, persistência e resiliência. Continue se aperfeiçoando, estudando e, principalmente, acreditando. A sua hora vai chegar.
Um grande abraço e até o próximo post! 😉
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