O Traduzindo a Dublagem volta com o quadro “Cinco Melhores”, mas agora trazendo os cinco melhores encerramentos de clássicos Disney. No final do ano passado, listei as minhas cinco melhores aberturas dessas animações fantásticas, e você pode conferir aqui. Ah, e apesar de ser um tanto óbvio, é sempre bom salientar: a lista de hoje tem spoilers dos longas que vou mencionar, afinal, são os FINAIS, não é? Dito isso, vá por sua própria conta e risco e aproveite para rever esses filmes incríveis depois. 😉 Pronto?
Assim como na lista passada, irei da quinta posição para a primeira. Não se esqueça de deixar o seu comentário porque vou adorar saber se você concorda ou não com a minha lista e quais são os seus encerramentos favoritos também. Vamos lá?
Este clássico da década de 1990 também tem, para mim, uma das melhores aberturas da Disney e olha ele aqui de novo com um dos melhores encerramentos! Essa animação encerra com a música “Brilhou no Céu”, que não só tem um ritmo extremamente envolvente trazido pela voz das nossas musas gregas aqui no Brasil, como essa música também celebra a jornada e a realização do sonho do protagonista que, finalmente, descobriu seu lugar e passou a ser aceito como ele é.
Os últimos segundos são muito emocionantes, pois temos também a concretização do sonho de Phil, que era ter o herói treinado por ele eternizado nas estrelas. É dessa forma linda e emocionante que a saga do novo herói grego termina, e é difícil segurar a emoção. Vamos rever?
Sim, o final da história de Branca de Neve é bem romântico e idealizado para os tempos de hoje, mas, ainda assim, acho que os últimos minutos do primeiro longa de Walt Disney são conduzidos de uma forma muito bonita (principalmente se consideramos a época em que foi lançado). A cena vai da extrema tristeza sentida pelos anões e pelos bichinhos da floresta à alegria que todos sentem com o despertar da princesa mais bela de todas. Como você, provavelmente, deve se lembrar, após muita procura, o príncipe encantado encontra sua amada e a faz voltar à vida com o beijo de amor verdadeiro.
Agora livre da perseguição da rainha, Branca de Neve pode ser feliz com o seu amado. A despedida dos anões que viraram seus fiéis protetores é um momento muito terno, e algo que sempre despertou a minha curiosidade é como seria o castelo para onde o príncipe leva a protagonista. Diferentemente de outros castelos das princesas futuras da Disney, o castelo dourado no horizonte nos últimos segundos do longa não é muito nítido e talvez tenha sido proposital, pois o local simboliza um sonho de felicidade para Branca de Neve onde viverá feliz ao lado de seu príncipe.
Venhamos e convenhamos: esta animação da década de 1990 tem um final agridoce. Como você deve se lembrar, a protagonista vai contra a própria regra da Disney do “felizes para sempre” e não fica com o seu amado John Smith. Após ser baleado, John precisa voltar urgentemente para a Inglaterra, e Pocahontas precisa ficar com o seu povo. Conforme o navio se distancia, ela corre até conseguir avistá-lo ao longe. Nos últimos minutos do longa, temos apenas uma singela troca de gestos e olhares entre os dois, sem uma única palavra.
Não tem como: a cena é linda, comovente e com uma bela música de fundo que dá o tom exato e, ao mesmo tempo, necessário para a cena. Apenas pela expressão de John e Pocahontas, sabemos que ambos jamais serão os mesmos após seus caminhos terem se cruzado. É o final de que precisamos e não o final que queremos, e isso foi uma grande ruptura nos padrões dos filmes da própria Disney até aquele momento. Sempre bate aquela sensação de que, no fim, foi o melhor para os dois (até vir Pocahontas 2 e arruinar tudo rs). Vamos relembrar esse final tão icônico?
Com a medalha de prata, temos o clássico que marcou o começo da fase da renascença Disney, A Pequena Sereia. Olhando hoje, percebo que o personagem que mais evolui ao longo da trama, diferentemente do que se espera, não é a protagonista, e sim o pai dela, o rei Tritão. Para mim, o final dessa produção se trata de um pai aceitar o amor de sua filha por alguém de uma raça que, até então, ele odiava com todas as forças. Tritão vê que uma vida sem o amor do príncipe Eric faria sua filha completamente infeliz e, por amá-la tanto, lhe dá novamente um par de pernas.
Logo em seguida, temos a cerimônia de casamento entre Ariel e o seu amado, contando com a presença de todo o povo do mar. Ao som da música-tema do longa, “Parte do seu mundo”, a sereia mais querida da Disney dá um abraço terno de despedida em seu pai, que troca um olhar respeitoso com o homem que roubou o coração de sua filha. Tritão cria um arco-íris no céu para comemorar a união entre o povo da terra e do mar e assiste Ariel partir com Eric, ao som de um coro de arrepiar, enquanto ambos dão o beijo do amor verdadeiro.
Levando a medalha de ouro, temos o encerramento de uma das melhores animações da Disney até os dias de hoje. Para mim, essa produção da década de 1990 tem uma das dublagens mais irretocáveis de todos os clássicos que já foram dublados no Brasil. A animação em si é belíssima, e o final é muito emocionante e magicamente conduzido. Tem como não se arrepiar na cena em que a Fera se transforma em príncipe com aquela música de fundo? Acho que não rs.
O final é sim o típico “felizes para sempre”, mas ele é mágico em todos os sentidos. Os últimos segundos são de arrepiar, pois vemos Bela e o seu príncipe dançando ao som da música-tema “Sentimentos são” com um coro simplesmente fantástico (a dublagem brasileira sempre conta com coros espetaculares!) e com a cena congelando e se transformando no vitral final da história da Fera que aprendeu a amar e da garota que conseguiu ver além das aparências. A todos os coros maravilhosos dessa produção, agradeça a Marcelo Coutinho que tem entrevista aqui no blog, inclusive. 😉
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